Neste artigo iremos abordar os tipos de aços disponíveis na indústria para construção mecânica, sua classificação de acordo com as normas de cada país (com foco nas normas brasileiras e americanas) e como identificá-los a partir destes sistemas de classificação.

Atualmente existe uma ampla variedade de tipos de aço disponíveis no mercado para a construção mecânica, sendo que cada um é indicado para uma determinada finalidade. Para todos os materiais utilizados em projetos mecânicos, existem designações a respeito de sua aplicação, especificadas por diferentes normas, sendo elas: SAE/AISI (americana), ABNT (brasileira), DIN (alemã),  JIS (japonesa), AFNOR (francesa) e BS (inglesa).

Dentro das normas SAE/AISI (Sociedade de Engenheiros Automotivos/Instituto Americano de Ferro e Aço, tradução de Society of Automotive Engineers/American Iron and Steel Institute) e ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o sistema de classificação e identificação de aços especiais para a construção mecânica, utiliza uma chave alfanumérica, apresentada no formato “ABXX”. Neste formato, AB se refere aos números dos principais elementos de liga presentes na composição do aço e em que quantidade (porcentagem e peso) estão presentes. 

Quando os dois primeiros algarismos (AB), são iguais a 10, o principal elemento presente na composição será o Carbono (C); quando iguais a 11, o aço é de usinagem fácil com alto enxofre (S); quando iguais a 40, o principal elemento é o Molibdênio (Mo), presente em 0,25%, e assim sucessivamente seguindo esta lógica . Podemos utilizar como exemplo  o aço 5160, extremamente utilizado para a fabricação de molas semi elípticas e helicoidais, no qual AB é igual a 51, o que representa um percentual de 1% de Crômio (Cr) na composição do aço.

Já os últimos algarismos do conjunto, representados por XX, são indicadores da quantidade de Carbono (em peso) presente na estrutura química do aço, multiplicado por 100. Dessa forma, um aço 1045, por exemplo, é um aço carbono com até 1% de Manganês (Mn) em sua composição e 0,45% em peso de carbono. No entanto, se o conjunto de algoritmos terminar em XXX, isto significa que o teor de carbono é igual ou maior que 1%. Um exemplo deste caso é o aço 521000, utilizado para rolamentos, que têm em sua composição química 1,45% de Crômio e 1% de Carbono, o que lhe confere características como dureza e alta resistência ao desgaste por contato.

O sistema de classificação SAE/AISI/ABNT nos permite reconhecer se o aço contém baixo, médio ou alto teor de Carbono em sua formação, apenas identificando os valores finais da designação (XX). Mas para saber a porcentagem dos elementos de liga é preciso decorar a nomenclatura AB e seus significados, fator que dificulta a definição do tipo de aço por pessoas que não dominam este sistema.

Nas normas alemã e japonesa, no entanto, a lógica é um pouco mais simples. A designação utilizada para a classificação do aço, permite a identificação da quantidade de carbono presente, do tipo de aço e dos principais elementos de liga presentes neste. 

De todo modo, determinar as especificações adequadas para cada tipo de aço requer entendimento profundo a respeito dos efeitos que o Carbono e outros elementos de liga, geram sobre as características de transformação, propriedades mecânicas e desempenho do aço em cada aplicação. Por isso é de grande importância trabalhar com profissionais capacitados e especialistas no assunto. 

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